Ou talvez não...

Eu amei. Amei como uma mãe ama um filho, amei como uma criança ama seus pais, simplesmente amei.

Amei sem um motivo, ou talvez tenha me dado tantos motivos que não amá-lo tornou-se impossível.

Amei incondicionalmente, ao ponto de parar o mundo para poder ficar ao seu lado.

Agora me pergunto: De que adiantou? Vale a pena amar tanto assim? 

Vale! E como vale!

Valeu cada instante, cada aprendizado, cada momento. 

Ainda quando te perdi, valeu a pena tê-lo amado. Pude ver o quanto dói perder alguém verdadeiramente importante. 

Mesmo quando errei, valeu a pena. Senti na pele o quanto é ruim saber que fiz sofrer a pessoa que eu mais amava no mundo.

Por que tanto amor? Por que tanto erro?

Por amar tanto são tantos erros.

Sem a paixão tudo tem o seu valor próprio, não vemos coisas que não existem. Quanto maior o sentimento, mais fácil ver problemas que não existem e se deixar levar pelo ciúmes.

Errei por amor e não por raiva. Que diferença isso faz?

Nenhuma. Erros são erros e como dizem: de boas intenções o inferno está cheio.

Ainda que o tempo passe depressa e as vidas tomem outros rumos, eu lembrarei de você. 

Ainda que o amor tenha ido embora, eu chorarei a noite por saber que um dia o fiz sofrer.

Ainda que nunca mais queira falar comigo, eu agradecerei por ter escutado meus pedidos de desculpa.

Falar que sinto muito não muda nada.

Pedir desculpas não muda nada.

Me justificar não muda nada.

Talvez só o tempo seja capaz de mudar algo. 

Ou talvez não...