domingo, 13 de maio de 2012

Velho hábito




Quantas e quantas vezes prometi mudar e continuei fazendo tudo igual? 

Minha vida é cheia de promessas não cumpridas, de planos que não saíram da minha mente, de telefonemas que ficaram para amanhã, de declarações que ficaram para depois. Mudar algumas coisas exige muito mais que vontade, é necessário ter coragem. 
O que teria mudado se eu tivesse telefonado?
O que teria mudado se eu tivesse pedido desculpas quando vi que errei?
O que teria mudado se eu dissesse "fica" quando o vi partindo do meu lado?
Essas são perguntas que jamais terão resposta. Essas são perguntas que jamais sairão da minha mente, não importa quanto tempo passe e quantas pessoas cheguem e se vão. 

Se eu mudei depois que percebi isso?
Gostaria verdadeiramente de dizer que sim, mas seria mentira. Continuo guardando como segredo coisas que deveriam ser compartilhadas. Continuo deixando para responder e-mails e mensagens amanhã, principalmente quando não sei o que dizer ou quando queria dizer "estou sentindo sua falta". 
Gostaria verdadeiramente de dizer que mudei, que digo tudo o que penso quando se trata de elogios e carinhos, porque se é algo que me incomoda eu falo na hora, mas ser carinhosa é muito mais difícil. 
Gostaria verdadeiramente de dizer que, agora, digo tudo o que vem à mente sobre, e para, os meus amigos, mas confesso que o medo de me frustrar sem receber um "eu também" acaba me fazendo dizer isso em silêncio, em textos que essas pessoas jamais irão ler ou, no máximo, por meio de indiretas.

Complicado isso de largar os velhos hábitos, mais complicado ainda é ver que o velho hábito pode fazer com que algumas pessoas jamais entendam o verdadeiro valor que têm para mim.

sábado, 12 de maio de 2012

A gente muda



Às vezes a gente muda, não porque quer agradar alguém e sim porque sente que pode confiar. A gente acaba achando que vale a pena deixar de ser tão reservada e tão forte e começa a gostar de ser cuidada. 
Às vezes a gente muda, não porque nos pedem, mas porque merecem um voto de confiança. A gente acaba perdendo o hábito de se virar sozinha e de desabafar com o travesseiro ou com o diário.

E o que acontece depois?
A vida te mostra que você vai te reaprender tudo isso!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vai lá menina...



Vai lá menina, chore! Grite! Dê socos no travesseiro...
Vai lá menina, extrapole! Põe para fora essa dor...

Ninguém precisa, e nem deve, ser forte o tempo todo. Não tente carregar sozinha essa cruz, amigos são para essas coisas. E, ainda que toda essa dor tenha sido causada justamente por quem você julgava ser o seu melhor amigo, há outras pessoas, que talvez você nem imagine, mas que estão de braços e peito aberto para te acolher. 

Às vezes até os mais fortes deixam transparecer o quão tristes estão, e isso não faz com que eles sejam fracos. Todo mundo transborda uma hora, não importa o quanto isso demore para acontecer. Chega um momento em que todo mundo precisa parar de cuidar e ser cuidado. Chega um momento em que todo mundo precisa de um ombro para chorar. 

Vai lá menina, reze! Escreva! Leia...
Vai lá menina, deite, tente dormir ou faça qualquer outra coisa, mas lembre-se: não há dor que não cure e nem ferida que não cicatrize. Durma porque quando acordar verá o dia e entenderá que a noite tudo fica mais difícil mesmo.